Paulista e Consolação: três parques para conhecer Selecionamos áreas verdes (e cheias de histórias) localizadas a poucos minutos do Trampolim Startup Café

Paulista e Consolação: três parques para conhecer  – São Paulo, a nossa megalópole com mais de 12 milhões de pessoas, tem lugares especiais para visitar e conhecer, como as várias áreas verdes espalhadas pela cidade. Parte delas reúne espécies (flora e fauna) originais da Mata Atlântica. Aqui, destacamos três parques vizinhos ao Trampolim Startup Café, aos quais você chega em até meia hora de caminhada a partir de nosso restaurante.

Vale programar o seu passeio, que pode acontecer antes ou depois de um almoço ou lanchinho com a gente. Dois deles, estão na avenida Paulista e, o terceiro, na rua Augusta. Programe-se!

 

 

Trianon (Rua Peixoto Gomide, 949, esquina com a avenida Paulista)

Nomeado oficialmente Parque Tenente Siqueira Campos, o Trianon é um dos mais antigos da cidade: foi inaugurado em 1892, um ano depois da avenida Paulista, com projeto do paisagista francês Paul Villon (1841-1905). Por muitos anos, foi conhecido como Parque Villon ou Parque Paulista. O espaço herdaria o nome do Belvedere Trianon, projetado por Ramos de Azevedo e construído no início do século passado: uma grande área com jardins clássicos, restaurante e confeitaria. Do belvedere se avistava parte da São Paulo da época, com vista para a avenida Nove de Julho e o centro antigo. O lugar recebia a elite paulistana, que se instalara na Paulista e arredores, em eventos, jantares e no chá servido na confeitaria. Anos mais tarde, o belvedere, abandonado e decadente, daria lugar ao Masp (Museu de Arte de São Paulo), com projeto da arquiteta Lina Bo Bardi (1914-1992). Do outro lado da avenida, o parque, preservado, ficaria para sempre conhecido como Trianon.

Atualmente, são pouco mais de 48 mil metros quadrados de área verde, com caminhos calçados com pedra portuguesa e obras de arte, entre elas a escultura Fauno, de Victor Brecheret. O Trianon passa por um processo de recomposição de seu bosque com a retirada de espécies exóticas, como a Seafórtia ou palmeira australiana, e o plantio de espécies da Mata Atlântica. Um dos pontos “instamagráveis” do Trianon é a passarela que cruza a alameda Santos e une as duas glebas do parque. Seu nome também batiza a estação de metrô Trianon-Masp. Uma caminhada de 20 minutos separa o Trampolim do Trianon.

 

Parque Prefeito Mario Covas

Também na avenida Paulista, no número 1853, está este parque de 5,4 mil metros quadrados, que abrigou até 1972 um casarão repleto de histórias, a Villa Fortunata. A mansão, como muitas que se destacavam na avenida Paulista, foi construída em 1903 pelo francês Alexandre Honoré Marie Thiollier (1857-1913), intelectual e sócio daquela que foi a primeira livraria da cidade, a Casa Garraux. Thiollier utilizava o espaço como casa de campo, uma vez que sua residência oficial era no centro da cidade. Batizou o casarão com o nome de sua mulher, Fortunata de Sousa e Castro. Nesta casa, em 1909, nasceria o mais importante paisagista do Brasil, Roberto Burle Marx (1909-1994). Durante uma temporada na França para tratar de sua saúde, Thiollier alugaria a casa para família Burle Marx, que moraria ali por cerca de quatro anos, até se mudar para o Rio de Janeiro.

Nos anos seguintes, a Villa Fortunata seria a moradia do filho de Thiollier, René. Intelectual como o pai, formado em direito pelo Largo São Francisco, René Thiollier (1882-1968) se tornaria uma das figuras mais emblemáticas da São Paulo do século XX. Apoiador das artes, foi ele quem pagou o aluguel do Theatro Municipal para se realizasse a Semana de Arte Moderna de 1922. Na mansão da Paulista, promoveu jantares e saraus em torno de artistas como Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade e Mário de Andrade. Anos mais tarde, ajudaria a criar o TBC (Teatro Brasileiro de Comédia). O casarão também sediou reuniões de apoiadores na Revolução Constitucionalista de 1932 – o próprio René chegou a lutar na guerra.

Thiollier morreria em seu casarão, em 1968. Quatro anos depois, a Villa Fortunata iria ao chão, mas a área verde, com remanescentes da Mata Atlântica original, foi preservada e em 1992 iniciou-se o processo de tombamento. Hoje é possível passear nestas alamedas históricas, um oásis no coração da cidade.

 

Paulista e Consolação: três parques para conhecer a pé – Parque Augusta

Nosso caçula, batizado Prefeito Bruno Covas (morto em 2021), também traz em seu DNA boa parte da história da cidade. Ali, nas esquinas das ruas Augusta e Caio Prado, foi erguido o palacete Uchoa, em 1902, residência do casal Flavio e Evangelina Uchoa. O projeto levava a assinatura do arquiteto francês Victor Dubugras (1868-1933), precursor da arquitetura moderna no Brasil. O casarão exibia uma fachada predominantemente neogótica, mas também trazia elementos do art nouveau. Um dos destaques do palacete era sua entrada para automóveis e garagem, em uma cidade em que circulavam pouco mais de uma dúzia de carros.

Quatro anos depois de sua construção, a residência foi vendida para as Cônegas de Santo Agostinho, que o transformariam no colégio feminino Des Oiseaux em 1907. Era ali que as meninas da aristocracia paulistana aprendiam, entre muitas coisas, latim, francês, canto e boas maneiras! O Des Oiseaux ganhou um anexo, construído no ano seguinte. No terreno ainda funcionariam outras duas instituições de ensino: a Escola Santa Mônica e o Instituto Superior de Filosofia, Ciências e Letras Sedes Sapientiae, este último em um prédio do projetado pelo famoso arquiteto Rino Levi. O colégio encerraria suas atividades em 1967 – dois anos antes, o palacete Uchoa seria demolido. Mesmo destino teriam as outras edificações do terreno. A área ficou degradada por anos, servindo até de estacionamento, e desde então, os moradores da região se mobilizaram para que se tornasse um parque público. Após anos de um imbróglio envolvendo construtoras e prefeitura, a área foi finalmente para as mãos do poder público em 2018.

Inaugurado no ano passado, o parque já ganhou os corações dos paulistanos. Possui playground, academia ao ar livre para a terceira idade, bosque, cachorródromo, deque e um gramado, batizado pelos frequentadores de ‘prainha’.

O Parque Augusta está separado do Trampolim por uma caminhada de meia hora. Vale a pena!

 

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