A fogazza nossa de cada dia Este pastel macio, em formato de meia-lua, com nome e DNA italianos, caiu no gosto dos paulistanos

A fogazza nossa de cada dia. Conheça a sua história.

Há mais de 40 anos, nascia no bairro do Bixiga, no coração da capital paulista, uma iguaria como nome, sabor e inspiração italianas, a fogazza ­- com o z duplo, com a pronúncia “tz”, como em pizza. O pastel em formato de meia-lua, recheado de tomate e queijo, surgiu pelas mãos de uma filha de italianos, Ida Pugliesi, no fim dos anos 1970, durante a tradicional festa da paróquia de Nossa Senhora Achiropita.

A devoção à santa chegou com a imigração italiana no bairro, entre o fim do século XIX e começo do XX. Em Rossano, cidade da Calábria, sul da Itália, está a Cattedrale di Maria Santissima Achiropita. A igreja foi batizada sob inspiração de um afresco da Virgem Maria, do século 8 ou 9, não se sabe ao certo, e daí o Achiropita, cujo significado é: ‘que não se pinta pela mão humana.’ Em São Paulo, os imigrantes e seus descendentes iniciaram a devoção pela santa ainda nas casas do que era o bairro mais italiano da cidade. Logo, nasceria a paróquia e, anos mais tarde, o evento que ganhou enorme importância no mapa festivo paulistano.

Consta que Ida Pugliesi ficou insatisfeita ao ver pasteis comuns serem vendidos na festa italiana e decidiu, então, resgatar uma receita de sua mamma. Com dois quilos de farinha, preparou algumas fogazzas. O pastel de massa macia, em formato de meia-lua e recheado de tomate e muçarela se tornaria o carro-chefe do evento nas edições seguintes, ultrapassando as 10 mil unidades comercializadas a cada noite de festa. E, então, a fogazza saltou da festa italiana para restaurantes e cafés de toda a cidade, ganhando novos recheios, nas versões frita ou assada.

O fato é que na Itália não existe fogazza. Acredita-se que o pastel que inspirou a mamma da festa da Achiropita seria o panzerotto, originário da região da Puglia, também no sul do país, e não muito distante da Rossano que abriga a catedral da Virgem Maria retratada no afresco.

Os panzerotti são pasteizinhos fritos em formato de meia-lua, recheados de queijo, tomate, às vezes com orégano. O nome vem de panza, palavra no dialeto local da Puglia para pancia (do italiano, barriga), em uma alusão ao formato barrigudinho que ganham depois de fritos. São sucesso em vários lugares do mundo que receberam imigrantes italianos. Também fazem parte da chamada cucina povera (cozinha simples, ‘pobre’), termo designado por vários autores para definir parte das receitas populares italiana, criadas principalmente por camponeses, a partir de poucos ingredientes, e que emergiu no pós-guerra, quando o país europeu foi devastado por fome e carestia. Neste grupo, inclui-se a focaccia, às vezes confundida com a fogazza ítalo-brasileira, por sua aproximação sonora. A focaccia, esta sim presente na Itália, é um pão de massa fofa e aerada, que leva bastante azeite em sua produção.

Onde comer fogazza na Consolação e Avenida Paulista

A fogazza não é aerada, mas a massa é igualmente macia. Aqui no Trampolim, temos quatro sabores disponíveis em nosso menu: calabresa; presunto e queijo; frango com catupiry; queijo, tomate e orégano.

Você pode aproveitar e conhecer a paróquia onde tudo começou. São apenas 2 km de distância entre nosso café na rua da Consolação e a paróquia de Nossa Senhora Achiropita, no Bixiga. Programe-se para conhecer a cidade, antes ou depois de um café com a gente!

 

 

Paulista e Consolação: três parques para conhecer Selecionamos áreas verdes (e cheias de histórias) localizadas a poucos minutos do Trampolim Startup Café

Paulista e Consolação: três parques para conhecer  – São Paulo, a nossa megalópole com mais de 12 milhões de pessoas, tem lugares especiais para visitar e conhecer, como as várias áreas verdes espalhadas pela cidade. Parte delas reúne espécies (flora e fauna) originais da Mata Atlântica. Aqui, destacamos três parques vizinhos ao Trampolim Startup Café, aos quais você chega em até meia hora de caminhada a partir de nosso restaurante.

Vale programar o seu passeio, que pode acontecer antes ou depois de um almoço ou lanchinho com a gente. Dois deles, estão na avenida Paulista e, o terceiro, na rua Augusta. Programe-se!

 

 

Trianon (Rua Peixoto Gomide, 949, esquina com a avenida Paulista)

Nomeado oficialmente Parque Tenente Siqueira Campos, o Trianon é um dos mais antigos da cidade: foi inaugurado em 1892, um ano depois da avenida Paulista, com projeto do paisagista francês Paul Villon (1841-1905). Por muitos anos, foi conhecido como Parque Villon ou Parque Paulista. O espaço herdaria o nome do Belvedere Trianon, projetado por Ramos de Azevedo e construído no início do século passado: uma grande área com jardins clássicos, restaurante e confeitaria. Do belvedere se avistava parte da São Paulo da época, com vista para a avenida Nove de Julho e o centro antigo. O lugar recebia a elite paulistana, que se instalara na Paulista e arredores, em eventos, jantares e no chá servido na confeitaria. Anos mais tarde, o belvedere, abandonado e decadente, daria lugar ao Masp (Museu de Arte de São Paulo), com projeto da arquiteta Lina Bo Bardi (1914-1992). Do outro lado da avenida, o parque, preservado, ficaria para sempre conhecido como Trianon.

Atualmente, são pouco mais de 48 mil metros quadrados de área verde, com caminhos calçados com pedra portuguesa e obras de arte, entre elas a escultura Fauno, de Victor Brecheret. O Trianon passa por um processo de recomposição de seu bosque com a retirada de espécies exóticas, como a Seafórtia ou palmeira australiana, e o plantio de espécies da Mata Atlântica. Um dos pontos “instamagráveis” do Trianon é a passarela que cruza a alameda Santos e une as duas glebas do parque. Seu nome também batiza a estação de metrô Trianon-Masp. Uma caminhada de 20 minutos separa o Trampolim do Trianon.

 

Parque Prefeito Mario Covas

Também na avenida Paulista, no número 1853, está este parque de 5,4 mil metros quadrados, que abrigou até 1972 um casarão repleto de histórias, a Villa Fortunata. A mansão, como muitas que se destacavam na avenida Paulista, foi construída em 1903 pelo francês Alexandre Honoré Marie Thiollier (1857-1913), intelectual e sócio daquela que foi a primeira livraria da cidade, a Casa Garraux. Thiollier utilizava o espaço como casa de campo, uma vez que sua residência oficial era no centro da cidade. Batizou o casarão com o nome de sua mulher, Fortunata de Sousa e Castro. Nesta casa, em 1909, nasceria o mais importante paisagista do Brasil, Roberto Burle Marx (1909-1994). Durante uma temporada na França para tratar de sua saúde, Thiollier alugaria a casa para família Burle Marx, que moraria ali por cerca de quatro anos, até se mudar para o Rio de Janeiro.

Nos anos seguintes, a Villa Fortunata seria a moradia do filho de Thiollier, René. Intelectual como o pai, formado em direito pelo Largo São Francisco, René Thiollier (1882-1968) se tornaria uma das figuras mais emblemáticas da São Paulo do século XX. Apoiador das artes, foi ele quem pagou o aluguel do Theatro Municipal para se realizasse a Semana de Arte Moderna de 1922. Na mansão da Paulista, promoveu jantares e saraus em torno de artistas como Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade e Mário de Andrade. Anos mais tarde, ajudaria a criar o TBC (Teatro Brasileiro de Comédia). O casarão também sediou reuniões de apoiadores na Revolução Constitucionalista de 1932 – o próprio René chegou a lutar na guerra.

Thiollier morreria em seu casarão, em 1968. Quatro anos depois, a Villa Fortunata iria ao chão, mas a área verde, com remanescentes da Mata Atlântica original, foi preservada e em 1992 iniciou-se o processo de tombamento. Hoje é possível passear nestas alamedas históricas, um oásis no coração da cidade.

 

Paulista e Consolação: três parques para conhecer a pé – Parque Augusta

Nosso caçula, batizado Prefeito Bruno Covas (morto em 2021), também traz em seu DNA boa parte da história da cidade. Ali, nas esquinas das ruas Augusta e Caio Prado, foi erguido o palacete Uchoa, em 1902, residência do casal Flavio e Evangelina Uchoa. O projeto levava a assinatura do arquiteto francês Victor Dubugras (1868-1933), precursor da arquitetura moderna no Brasil. O casarão exibia uma fachada predominantemente neogótica, mas também trazia elementos do art nouveau. Um dos destaques do palacete era sua entrada para automóveis e garagem, em uma cidade em que circulavam pouco mais de uma dúzia de carros.

Quatro anos depois de sua construção, a residência foi vendida para as Cônegas de Santo Agostinho, que o transformariam no colégio feminino Des Oiseaux em 1907. Era ali que as meninas da aristocracia paulistana aprendiam, entre muitas coisas, latim, francês, canto e boas maneiras! O Des Oiseaux ganhou um anexo, construído no ano seguinte. No terreno ainda funcionariam outras duas instituições de ensino: a Escola Santa Mônica e o Instituto Superior de Filosofia, Ciências e Letras Sedes Sapientiae, este último em um prédio do projetado pelo famoso arquiteto Rino Levi. O colégio encerraria suas atividades em 1967 – dois anos antes, o palacete Uchoa seria demolido. Mesmo destino teriam as outras edificações do terreno. A área ficou degradada por anos, servindo até de estacionamento, e desde então, os moradores da região se mobilizaram para que se tornasse um parque público. Após anos de um imbróglio envolvendo construtoras e prefeitura, a área foi finalmente para as mãos do poder público em 2018.

Inaugurado no ano passado, o parque já ganhou os corações dos paulistanos. Possui playground, academia ao ar livre para a terceira idade, bosque, cachorródromo, deque e um gramado, batizado pelos frequentadores de ‘prainha’.

O Parque Augusta está separado do Trampolim por uma caminhada de meia hora. Vale a pena!

 

Paulista e Consolação: três parques para conhecer: saiba mais sobre São Paulo e a região da Consolação e da Paulista/Augusta:

Cinemas na Augusta Paulista Consolação

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Conheça o cardápio do Trampolim Startup Café

Sopa de abóbora: um aliado para a perda de peso

Além de uma ótima fonte de carboidratos complexos, que promovem saciedade por mais tempo e apresenta um baixo nível de calorias, as abóboras são ótima opção de alimento para quem busca perder peso. Além disso, é rica em fibras, zinco, ferro, cálcio, magnésio, vitaminas A, C, E e proteínas.

Aqui no Trampolim, café e restaurante na região da avenida Paulista e Consolação, servimos uma sopa de abóbora – leve e saborosa. Sua base é a abóbora japonesa, que possui concentração de betacaroteno, bem como a presença elevada de complexo B, vitaminas A, C e E, fibras, potássio e ferro. Isso faz com que a abóbora cabotiá (como também é conhecida) seja um forte aliado contra o envelhecimento, ajude no fortalecimento dos ossos e dentes.

Nossa chef Fabi Caetano, separou especialmente para o Blog do Trampolim a receita da iguaria, vendida em nosso cardápio – no almoço, jantar e para uma refeição da tarde – por R$ 20.

Gostou? Confira também a nossa receita de pudim de paçoca, um dos hits do Trampolim, na região da Consolação e avenida Paulista

Sopa de abóbora do Trampolim

INGREDIENTES

1 abóbora japonesa

5 abobrinhas italianas

2 cebolas grandes

5 dentes de alho

1 alho-poró

1 ramo de salsão

2 folhas de louro

50 gramas de cebolinha

MODO DE FAZER

Descasque a abóbora japonesa, retire as sementes e corte-a em pedaços médios. Corte em rodelas a abobrinha italiana. Pique os demais ingredientes (menos o louro)

Frite a cebola. Assim que ela estiver dourada, acrescente os demais ingredientes que picou.  Cubra tudo com água. Acrescente as folhas de louro e sal a gosto

Cozinhe até que as abóboras estejam bem macias

Retire o louro. Bata tudo no liquidificador

Voltar a sopa para a panela e acrescentar salsinha bem picada