A deliciosa história da criação do hambúrguer

Se fizermos uma lista com os dez tipos de comidas mais difundidos no mundo, é certo que o hambúrguer estará nela. Saboroso e de preparo rápido, com infinitas versões, tem fãs em todo o mundo. Mas como surgiu a ideia de picar carne, montar um bolinho achatado com ela, levar para a grelha e, depois, colocá-la entre duas fatias de pão macio?

A história mais difundida sobre este sanduíche é de que sua origem está diretamente ligada à chegada de imigrantes alemães aos Estados Unidos no século XIX e de um bife de carne picada, ao estilo de Hamburgo. Assim, de certa forma, popularizou-se o hamburger beef, à época servido como nos restaurantes da Alemanha, acompanhado de cebolas e batatas.

O primeiro hambúrguer criado

Ao pular do prato para o meio do pão, o hambúrguer tornou-se ainda mais popular: podia ser comido em qualquer canto, até caminhando pela rua. A história mais difundida é de que tenha nascido em um restaurante da cidade costeira de New Haven, Connecticut, chamado Louis’s Lunch, de propriedade de Louis Lassen, em 1895, quando ele teria improvisado um pedaço de bife no meio do pão para um viajante. O Louis’s Lunch segue aberto até hoje, comandado pelos descendentes de Lassen e exibindo a fama de nascedouro do hambúrguer nos registros da Biblioteca do Congresso americano.

Apesar desta versão ser bastante difundida, pesquisadores que se aprofundaram na história do sanduíche afirmam que, naqueles últimos anos do século XIX, muitos restaurantes já serviam hambúrgueres em várias cidades americanas – fato que comprovariam em propagandas de jornais locais. Com o tempo, o sanduíche ganhou espaço por todos os cantos, rivalizando com o hot dog como uma comida rápida e barata – e aqui, quando dizemos barato, é barato mesmo (muitas vezes menos de 5 centavos de dólar!).

No começo do século XX, porém, os americanos não estavam nada confiantes na qualidade da carne dos hambúrgueres. Muito por causa do livro The Jungle, de Upton Sinclair (1906), uma história que tratava da exploração da mão de obra imigrante nos Estados Unidos, a partir da trágica vida de um jovem lituano recém-chegado a Chicago para trabalhar em um frigorífico. Sinclair queria falar da situação degradante dos trabalhadores braçais, mas seu livro chocou a sociedade ao expor a péssima qualidade da carne manipulada em frigoríficos pouco higiênicos. O impacto da obra foi tão grande, que o Congresso americano (à época, Roosevelt era o presidente) aprovou uma inédita legislação de proteção alimentar. A lei, porém, não foi suficiente para tirar do hambúrguer a desconfiança dos consumidores sobre sua qualidade.

A chegada do fast food

Tudo mudaria de rumo outra vez em 1921, quando o cozinheiro Walter Anderson e o empresário Billy Ingram abriram a lanchonete White Castle, em Wichita, Kansas. Anderson é considerado nos Estados Unidos o “pai” do que hoje mais se aproxima do famoso sanduba. Ele criou um pão fofinho, no estilo ban, e formato quadrado. Sobre ele, colocou a rodela de carne prensada, assada em vapor, e cobriu de cebolas e picles. Ingram, por sua vez, apostou em um novo modelo de lanchonete, toda branca, e cozinha com bancadas em aço inoxidável. O preparo podia ser visto pelos fregueses e os donos faziam questão de receber carne fresca duas vezes ao dia. A mensagem era clara: é possível fazer hambúrgueres deliciosos em um ambiente limpo e seguro.

O sucesso do pequeno sanduíche foi tão grande, que outras lanchonetes similares replicaram em todo território americano. Sim, Anderson e Ingram são considerados os criadores do fast food. Não só por causa de seu hambúrguer-sucesso, mas por muitas outras coisas que lançaram depois, como saquinhos para armazenar e levar seus lanches para comer em qualquer lugar e até o drive-thru. A White Castle recentemente comemorou 100 anos, comandada pela quarta geração de Ingram, e continua servindo aquele hambúrguer original, com pãozinho fofo, cebolas e picles.

Versões criativas do hambúrguer

Com o tempo, novos ingredientes se uniram à ideia original de pão e carne. Queijo derretido, tomates, alface e molho ketchup foram os companheiros mais presentes durante décadas. Mais recentemente, o hambúrguer ganhou a atenção de chefs de cozinha mundo afora, em um movimento que revitalizou o prato. Também infinitas versões, muitas delas vegetarianas.

Hambúrguer no Trampolim

Aqui no Trampolim, somos apaixonados por hambúrguer! Servimos oito sabores (sempre acompanhado de batata frita), incluindo nossa versão falafel, com hambúrguer de grão de bico.

Agora que você já sabe muito sobre a história desta delícia, venha para a Consolação experimentar nossos hambúrgueres. E nossos cafés, sobremesas, pratos quentes e muito mais!

Rua da Consolação: história e curiosidades

A rua da Consolação é uma das mais antigas vias de São Paulo. Sua história começou ainda no século 16, quando era apenas uma estrada de terra que unia o que hoje é o bairro de Pinheiros ao centro da cidade. Hoje reúne, escritórios, lugares imperdíveis para se divertir , alguns dos coworkings paulistanos e espaços de eventos.

Aqui, vamos contar cinco curiosidades sobre ela, a casa do nosso Trampolim Startup Café.

Antes de tudo: caminho de Pinheiros

Em meados do século 16, a Consolação era conhecida por Caminho de Pinheiros. O atual bairro de Pinheiros (já com esta denominação) reunia algumas chácaras produtoras de hortaliças. A estrada de terra começava onde hoje está a rua Direita, no Centro, cortava o Anhangabaú e subia no sentido de Pinheiros. Dali prosseguia na chamada Estrada de Sorocaba, um caminho de tropeiros que ligava São Paulo ao Rio Grande do Sul.

A origem: a Capela de Nossa Senhora da Consolação

A Consolação virou Consolação com a construção da Capela de Nossa Senhora da Consolação, em 1799. Consta que a imagem da santa, colocada no altar simples, foi encontrada perdida na estrada. Acredita-se que algum padre agostiniano (a ordem clerical difunde a devoção à santa), após rezar uma missa no caminho, a tenha deixado no lugar. O fato é que capelinha virou referência e a estrada passou a ser assim chamada.

A igreja da Consolação

A antiga capela foi demolida no início do século XX para dar lugar à atual Igreja da Consolação. O bairro já era outro, influenciado pelos barões do café, que dominavam uma cidade próspera. A pedra inicial foi lançada em 1909, com projeto do arquiteto Maximilian Emil Hehl, alemão radicado no Brasil que também é autor da Catedral da Sé. Ficou pronta em 1959. Tem estilo neorromânico, em voga na época, e em seu interior obras de Oscar Pereira da Silva e Benedito Calixto.

Velódromo, estádio e rua Nestor Pestana

Na Consolação funcionou um velódromo, que reunia a elite paulistana. Na época, o ciclismo era um esporte da moda na Europa. Foi Antonio Prado Jr., neto de d. Veridiana Prado, quem teve a ideia de trazê-lo para São Paulo. O terreno ficava entre o que é hoje as ruas Martinho Prado e Olinda. Ali, foi construída uma raia de 380 m de comprimento, com arquibancadas cobertas. Foi inaugurado em 1896, mas funcionou por poucos anos. Logo tornou-se estádio de futebol, recebendo as partidas do recém-criado Campeonato Paulista. Foi estádio até 1915, quando desapropriaram a área para a abertura da rua Nestor Pestana.

Dona Veridiana

A história da rua da Consolação está intrinsecamente ligada à vida de uma mulher: Veridiana da Silva Prado. Dona Veridiana, como sempre foi conhecida, era uma aristocrata, filha de um barão de café que também plantava cana-de-açúcar. Casou-se aos 13 anos com um tio, meio-irmão de seu pai, obrigada por um arranjo familiar para manter os bens da família, prática comum entre a burguesia paulistana do século 19. Teve seis filhos e os criou na chácara que mantinha com o marido e que tomava boa parte do que hoje é a rua da Consolação. Culta e inteligente, chocou a sociedade ao se divorciar aos 53 anos e tomar a frente dos negócios da família, multiplicando a fortuna e tornando-se um dos nomes mais influentes da sociedade paulistana do início do século 20. Está enterrada no cemitério da Consolação.