Gilbert Baker tinha 21 anos quando se mudou para São Francisco, após uma passagem de dois anos pelo Exército dos Estados Unidos. O ano era 1972 e o espírito libertário – influenciado pelo movimento hippie – foi um chamariz para o rapaz (nascido e criado em uma pequena cidade do Kansas), que desejava seguir a carreira de designer. Baker ainda não sabia, mas ele seria o responsável por criar um dos principais ícones do movimento LGBT+: a bandeira arco-íris.
Neste texto você vai conhecer:
- Como este símbolo LGBT+ nasceu
- O que inspirou a criação da bandeira
- A bandeira LGBT+ no MoMa
Como este símbolo LGBT+ nasceu
Mas como surgiu a bandeira do movimento LGBT+? O símbolo nasceu a partir de uma encomenda de Harvey Milk, ativista pioneiro do movimento e primeiro político assumidamente gay a ser eleito nos Estados Unidos. Milk propôs que Baker criasse um elemento para o movimento, que começava a tomar consistência.
O que inspirou a criação da bandeira
Anos mais tarde, o designer contou que se inspirou na bandeira americana, surgida após uma revolução popular, e na bandeira da raça humana, presente nas passeatas hippies, ambas com largas faixas horizontais. Baker também dizia que o arco-íris veio como um elemento da natureza “para representar que nossa sexualidade é um direito humano”.
Originalmente, a bandeira tinha oito cores – rosa, vermelho, laranja, amarelo, verde, turquesa, índigo e violeta – e sua estreia aconteceu durante a Parada Gay, em 25 de junho de 1978, em São Francisco. Milk, que seria assassinado meses depois, discursou ao lado dela.
Ainda nos anos 1970, por causa da dificuldade em se conseguir tecidos na cor rosa e índigo (mais caros), a bandeira passou a ter seis faixas. Com os anos, ela retomaria as oito faixas originais. Em 2017, pouco antes de morrer, aos 65 anos, Baker acrescentou uma nona faixa, na cor lavanda, para representar diversidade.
Por diversas vezes, o designer esteve à frente de sua obra-prima, em passeatas e eventos. Foi assim em 1994, no 25° aniversário da revolta de Stonewall, quando uma bandeira de 1,6 km atravessou as ruas de Nova York.
A bandeira LGBT+ no MoMa
Desde 2015, a bandeira de Baker faz parte da coleção do MoMa (Museu de Arte Moderna) de Nova York. Por tudo o que representa (aceitação e igualdade das minorias sexuais e de gênero), a peça transformou-se em um ícone da luta pelos direitos desta comunidade, mas também é um objeto de design perfeito, cuja ideia pode ser entendida em qualquer lugar do mundo. Baker jamais quis receber direitos autorais pela reprodução de sua obra. Pai do maior símbolo do Orgulho LGBT+, foi também um de seus principais ativistas.
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