Por Eduardo Merli
Coworking e home-office para o empreendedor. Muito antes da reforma trabalhista de 2018, estes dois novos métodos de trabalho cresciam no mercado de trabalho: coworking (trabalho em escritórios compartilhados) ou home office (realizado em casa).
De acordo com a consultoria Top Employers Institute, 14% das empresas brasileiras tinha programas formais de home office em 2014, mais do que o dobro dos 6% registrados em 2013.
Segundo dados da Ancev (Associação Nacional de Coworkings e Escritórios Compartilhados), entre fevereiro de 2018 e 2019, o número de escritórios compartilhados no Brasil saltou de 950 para 1,2 mil, alta de 26%.
Já o último Censo Nacional de Coworking, de 2018, aponta elevação de 48% entre 2017 e 2018 e mostra que 40% dos usuários destes espaços são empresas de até três pessoas.
Jovens consultorias, profissionais liberais, startups e freelancers, especialmente das áreas de moda, economia, design e comunicação seriam os públicos-alvo dos coworkings. Enquanto que até grandes empresas brasileiras já adotam o home-office, o que só aumentou agora em 2020 com o desafio da Covid-19.
Mas para o empreendedor: qual o método que gera mais resultados?
A resposta depende do perfil e proposta de trabalho.
O home office funciona muito bem para economia de eventuais custos de deslocamentos, porém exige maior disciplina do empreendedor em se organizar para não perder o foco. Além disso, os gastos com adicionais, como telefone, energia e gás precisam ser anotados e comparados mês a mês para ver se está valendo a pena.
Muitos coworkings exigem cobranças de mensalidades que podem inviabilizar, mas há restaurantes e cafés que cedem espaços para empreendedores trabalharem, não cobram mensalidade e disponibilizam wifi livre, sem custo, além de mesas e iluminação sem cobrança.
Veja uma lista de coworkings, bem perto de metrôs e estações da CPTM.
Outra vantagem que é preciso avaliar nas opções coworking e home-office para o empreendedor é a possibilidade de receber clientes. Muitas vezes em casa isso é impossível. Em outras, o coworking cobra à parte por utilização de espaços para reuniões, além dos insumos como café e água. Já em cafés que servem como coworking para trabalho e ofertam wifi livre para os empreendedores isso não ocorre, sendo o próprio ambiente um espaço agradável para uma reunião.