Por Eduardo Merli
Há diversas maneiras de se extrair café. Só de métodos com filtragem (sem entrar no mundo do expresso) são pelo menos 15, cada qual conferindo uma qualidade de sabor diferente. Listamos a seguir os oito principais métodos de extração de café usados em cafeterias (incluindo o expresso) para que você conheça.
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Prensa francesa
Possui um êmbolo com filtro (trama de metal) que, quando pressionado contra a infusão com água e café, separa o pó no fundo do recipiente e deixa o café prontinho na parte de cima para ser bebido. Sua grande vantagem é extrair uma bebida mais rica em óleos e com maior concentração de cafeína.
Hario 60
Este método criado no Japão é, digamos, um coador de papel evoluído, e que produz uma bebida bem mais suave do que o do coador normal. Isto porque o porta-filtro possui veios em espirais, dando maior expansão ao pó no momento em que a bebida é coada. Também há um orifício grande e circular na parte inferior, o que promove a passagem da água pelo café moído de forma harmônica e veloz. Para quem busca sentir nuances especiais e delicadas que algumas variedades de café tipo Arábica possuem, este método é excelente.
Moka
Muito popular em países da Europa e presente em algumas cafeterias de São Paulo, a Moka ou cafeteira italiana foi inventada nos anos 30 e permite preparar o café em menos de quatro minutos. A partir da parte de baixo da cafeteira, a água evapora, passa por uma camada de furos pequenos, onde está o pó, e sai na parte de cima. É a mistura de pressão e calor que extrai os óleos essenciais, conferindo uma bebida mais encorpada.
Coador de pano
É muito apreciado por remeter às lembranças afetivas dos avós ou mesmo aos “sabores do interior”. Porém, alguns baristas torcem o nariz para o coado de pano, alegando que como ele possui uma malha muito grossa acabaria retendo os óleos que formariam os sabores mais complexos da bebida. Ficaria, portanto, um café comum.
Mas alguns especialistas defendem que é possível, sim, obter um café bem tirado com ele se você usar um grão moído mais grosso, o que pode te permitir um resultado final mais saboroso. Além disso, tem todo aquele romantismo das antigas ao servir. No canal do Museu de Café de Santos, você encontra um interessante vídeo sobre dicas de preparo mais gostoso no coador de pano.
Expresso
É o mais comum de encontrarmos nas cafeterias. Feito através da passagem de água quente (não fervendo) sob alta pressão pelo grão moído. O que permite que isso seja realizado com precisão são as máquinas italianas (em geral, possui maior qualidade de fabricação). O resultado é uma bebida de sabor acentuado, porque o grão moído é aproveitado na totalidade e você ainda consegue ainda gerar uma crema por sobre o líquido.
Aeropress
Criado nos Estados Unidos, o aeropress é composto por um pistão com uma borracha hermética em uma de suas extremidades. Ele é encaixado em um tubo de plástico, onde você coloca o café e a água. Daí é só pressionar este pistão para baixo para coar o café. É um método que oferece versatilidade para a sua receita. Cada um pode definir a temperatura da água, o tempo de infusão e a granulometria do pó (tamanho das partículas de café depois de moído) conforme o seu gosto pessoal.
Pressca
Lembra o método da prensa francesa, mas a infusão é realizada em uma espécie de garrafa térmica. Para extrair a bebida, basta misturar o grão moído à água quente, esperar um minuto para a infusão e pressioná-lo com calma. O líquido passa por uma malha e o café sai pronto para beber.
Chemex
Foi inventado pelo cientista alemão Peter Schlumbohm nos anos 40. A cafeteira tem um formato de ampulheta e o filtro aqui é triplo, portanto deve-se usar nele uma moagem de café média ou média-grossa, como a da Prensa Francesa. O resultado é uma bebida bastante aromática e de sabor nítido (com mínima presença de amargor). A cafeteira, de tão bonita, é considerada um símbolo de design, sendo exibida até no Moma, de Nova York.