Cinco melhores livrarias na região da Paulista Aproveite para mergulhar neste circuito cultural e, depois, encerre seu passeio com um café no Trampolim

São Paulo é uma cidade multicultural, com uma programação extensa que se encaixa nos mais diversos perfis. Apaixonados por livros têm ganhado, nos últimos meses, mais opções de leitura, com a abertura de livrarias em muitos cantos da cidade. Selecionamos 5 espaços especiais próximos ao Trampolim, na região da avenida Paulista. Dá sempre para emendar seu passeio com um café aqui na Consolação.

 

IMS por Travessa

No prédio do IMS (Instituto Moreira Salles), na avenida Paulista, a poucos metros do Trampolim, funciona um espaço da Livraria da Travessa que oferece títulos e publicações do instituto, além de obras nacionais e importadas, papelaria e objetos inspirados nas mostras exibidas pelo IMS. Destaque para os títulos sobre artes plásticas, cinema e fotografia.

Avenida Paulista, 2424. Praça IMS, 5° pavimento.

 

Livraria Cultura do Conjunto Nacional

Nascida há mais de 70 anos, a Livraria Cultura mantém um acervo com centenas de títulos em seus dois andares ligados por uma generosa rampa. A sessão infantil atrai os pequenos, guiados pela grande escultura de madeira, em formato de dragão, pendurada no teto. Oferece ainda CDs, DVDs, brinquedos, games e papelaria.

Avenida Paulista, 2073 – Conjunto Nacional, térreo.

 

Livraria no Reserva

O Reserva Cultural reúne quatro salas de cinema dedicadas a filmes de arte e independentes. No início deste ano também passou a abrigar uma pequena livraria dedicada à Sétima Arte. Além de livros sobre o tema, oferece DVDs de filmes de arte.

Avenida Paulista, 900, térreo baixo.

 

Livraria do Centro Cultural Fiesp

Ao lado da Galeria de Arte do Centro Cultural Fiesp (no mezanino projetado pelo renomado arquiteto Paulo Mendes da Rocha), funciona a livraria gerenciada pelo Sesi-SP. Ali, estão disponíveis publicações variadas, com destaque para os catálogos e livros de arte das exposições realizadas no local.

Avenida Paulista, 1313.

 

Livraria Martins Fontes

A tradicional livraria, fundada nos anos 1960, em Santos, possui uma unidade superlativa na avenida Paulista, perto da estação Brigadeiro do metrô. São 1 mil m² de área, que abriga um acervo com 120 mil títulos variados, nacionais e importados, entre autores clássicos, contemporâneos, literatura infanto-juvenil e didáticos.

Avenida Paulista, 509.

 

E você? Conhece alguma livraria próxima da região da Paulista e Consolação? Deixe a sua dica nos comentários!

 

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A fogazza nossa de cada dia Este pastel macio, em formato de meia-lua, com nome e DNA italianos, caiu no gosto dos paulistanos

A fogazza nossa de cada dia. Conheça a sua história.

Há mais de 40 anos, nascia no bairro do Bixiga, no coração da capital paulista, uma iguaria como nome, sabor e inspiração italianas, a fogazza ­- com o z duplo, com a pronúncia “tz”, como em pizza. O pastel em formato de meia-lua, recheado de tomate e queijo, surgiu pelas mãos de uma filha de italianos, Ida Pugliesi, no fim dos anos 1970, durante a tradicional festa da paróquia de Nossa Senhora Achiropita.

A devoção à santa chegou com a imigração italiana no bairro, entre o fim do século XIX e começo do XX. Em Rossano, cidade da Calábria, sul da Itália, está a Cattedrale di Maria Santissima Achiropita. A igreja foi batizada sob inspiração de um afresco da Virgem Maria, do século 8 ou 9, não se sabe ao certo, e daí o Achiropita, cujo significado é: ‘que não se pinta pela mão humana.’ Em São Paulo, os imigrantes e seus descendentes iniciaram a devoção pela santa ainda nas casas do que era o bairro mais italiano da cidade. Logo, nasceria a paróquia e, anos mais tarde, o evento que ganhou enorme importância no mapa festivo paulistano.

Consta que Ida Pugliesi ficou insatisfeita ao ver pasteis comuns serem vendidos na festa italiana e decidiu, então, resgatar uma receita de sua mamma. Com dois quilos de farinha, preparou algumas fogazzas. O pastel de massa macia, em formato de meia-lua e recheado de tomate e muçarela se tornaria o carro-chefe do evento nas edições seguintes, ultrapassando as 10 mil unidades comercializadas a cada noite de festa. E, então, a fogazza saltou da festa italiana para restaurantes e cafés de toda a cidade, ganhando novos recheios, nas versões frita ou assada.

O fato é que na Itália não existe fogazza. Acredita-se que o pastel que inspirou a mamma da festa da Achiropita seria o panzerotto, originário da região da Puglia, também no sul do país, e não muito distante da Rossano que abriga a catedral da Virgem Maria retratada no afresco.

Os panzerotti são pasteizinhos fritos em formato de meia-lua, recheados de queijo, tomate, às vezes com orégano. O nome vem de panza, palavra no dialeto local da Puglia para pancia (do italiano, barriga), em uma alusão ao formato barrigudinho que ganham depois de fritos. São sucesso em vários lugares do mundo que receberam imigrantes italianos. Também fazem parte da chamada cucina povera (cozinha simples, ‘pobre’), termo designado por vários autores para definir parte das receitas populares italiana, criadas principalmente por camponeses, a partir de poucos ingredientes, e que emergiu no pós-guerra, quando o país europeu foi devastado por fome e carestia. Neste grupo, inclui-se a focaccia, às vezes confundida com a fogazza ítalo-brasileira, por sua aproximação sonora. A focaccia, esta sim presente na Itália, é um pão de massa fofa e aerada, que leva bastante azeite em sua produção.

Onde comer fogazza na Consolação e Avenida Paulista

A fogazza não é aerada, mas a massa é igualmente macia. Aqui no Trampolim, temos quatro sabores disponíveis em nosso menu: calabresa; presunto e queijo; frango com catupiry; queijo, tomate e orégano.

Você pode aproveitar e conhecer a paróquia onde tudo começou. São apenas 2 km de distância entre nosso café na rua da Consolação e a paróquia de Nossa Senhora Achiropita, no Bixiga. Programe-se para conhecer a cidade, antes ou depois de um café com a gente!

 

 

Paulista e Consolação: três parques para conhecer Selecionamos áreas verdes (e cheias de histórias) localizadas a poucos minutos do Trampolim Startup Café

Paulista e Consolação: três parques para conhecer  – São Paulo, a nossa megalópole com mais de 12 milhões de pessoas, tem lugares especiais para visitar e conhecer, como as várias áreas verdes espalhadas pela cidade. Parte delas reúne espécies (flora e fauna) originais da Mata Atlântica. Aqui, destacamos três parques vizinhos ao Trampolim Startup Café, aos quais você chega em até meia hora de caminhada a partir de nosso restaurante.

Vale programar o seu passeio, que pode acontecer antes ou depois de um almoço ou lanchinho com a gente. Dois deles, estão na avenida Paulista e, o terceiro, na rua Augusta. Programe-se!

 

 

Trianon (Rua Peixoto Gomide, 949, esquina com a avenida Paulista)

Nomeado oficialmente Parque Tenente Siqueira Campos, o Trianon é um dos mais antigos da cidade: foi inaugurado em 1892, um ano depois da avenida Paulista, com projeto do paisagista francês Paul Villon (1841-1905). Por muitos anos, foi conhecido como Parque Villon ou Parque Paulista. O espaço herdaria o nome do Belvedere Trianon, projetado por Ramos de Azevedo e construído no início do século passado: uma grande área com jardins clássicos, restaurante e confeitaria. Do belvedere se avistava parte da São Paulo da época, com vista para a avenida Nove de Julho e o centro antigo. O lugar recebia a elite paulistana, que se instalara na Paulista e arredores, em eventos, jantares e no chá servido na confeitaria. Anos mais tarde, o belvedere, abandonado e decadente, daria lugar ao Masp (Museu de Arte de São Paulo), com projeto da arquiteta Lina Bo Bardi (1914-1992). Do outro lado da avenida, o parque, preservado, ficaria para sempre conhecido como Trianon.

Atualmente, são pouco mais de 48 mil metros quadrados de área verde, com caminhos calçados com pedra portuguesa e obras de arte, entre elas a escultura Fauno, de Victor Brecheret. O Trianon passa por um processo de recomposição de seu bosque com a retirada de espécies exóticas, como a Seafórtia ou palmeira australiana, e o plantio de espécies da Mata Atlântica. Um dos pontos “instamagráveis” do Trianon é a passarela que cruza a alameda Santos e une as duas glebas do parque. Seu nome também batiza a estação de metrô Trianon-Masp. Uma caminhada de 20 minutos separa o Trampolim do Trianon.

 

Parque Prefeito Mario Covas

Também na avenida Paulista, no número 1853, está este parque de 5,4 mil metros quadrados, que abrigou até 1972 um casarão repleto de histórias, a Villa Fortunata. A mansão, como muitas que se destacavam na avenida Paulista, foi construída em 1903 pelo francês Alexandre Honoré Marie Thiollier (1857-1913), intelectual e sócio daquela que foi a primeira livraria da cidade, a Casa Garraux. Thiollier utilizava o espaço como casa de campo, uma vez que sua residência oficial era no centro da cidade. Batizou o casarão com o nome de sua mulher, Fortunata de Sousa e Castro. Nesta casa, em 1909, nasceria o mais importante paisagista do Brasil, Roberto Burle Marx (1909-1994). Durante uma temporada na França para tratar de sua saúde, Thiollier alugaria a casa para família Burle Marx, que moraria ali por cerca de quatro anos, até se mudar para o Rio de Janeiro.

Nos anos seguintes, a Villa Fortunata seria a moradia do filho de Thiollier, René. Intelectual como o pai, formado em direito pelo Largo São Francisco, René Thiollier (1882-1968) se tornaria uma das figuras mais emblemáticas da São Paulo do século XX. Apoiador das artes, foi ele quem pagou o aluguel do Theatro Municipal para se realizasse a Semana de Arte Moderna de 1922. Na mansão da Paulista, promoveu jantares e saraus em torno de artistas como Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade e Mário de Andrade. Anos mais tarde, ajudaria a criar o TBC (Teatro Brasileiro de Comédia). O casarão também sediou reuniões de apoiadores na Revolução Constitucionalista de 1932 – o próprio René chegou a lutar na guerra.

Thiollier morreria em seu casarão, em 1968. Quatro anos depois, a Villa Fortunata iria ao chão, mas a área verde, com remanescentes da Mata Atlântica original, foi preservada e em 1992 iniciou-se o processo de tombamento. Hoje é possível passear nestas alamedas históricas, um oásis no coração da cidade.

 

Paulista e Consolação: três parques para conhecer a pé – Parque Augusta

Nosso caçula, batizado Prefeito Bruno Covas (morto em 2021), também traz em seu DNA boa parte da história da cidade. Ali, nas esquinas das ruas Augusta e Caio Prado, foi erguido o palacete Uchoa, em 1902, residência do casal Flavio e Evangelina Uchoa. O projeto levava a assinatura do arquiteto francês Victor Dubugras (1868-1933), precursor da arquitetura moderna no Brasil. O casarão exibia uma fachada predominantemente neogótica, mas também trazia elementos do art nouveau. Um dos destaques do palacete era sua entrada para automóveis e garagem, em uma cidade em que circulavam pouco mais de uma dúzia de carros.

Quatro anos depois de sua construção, a residência foi vendida para as Cônegas de Santo Agostinho, que o transformariam no colégio feminino Des Oiseaux em 1907. Era ali que as meninas da aristocracia paulistana aprendiam, entre muitas coisas, latim, francês, canto e boas maneiras! O Des Oiseaux ganhou um anexo, construído no ano seguinte. No terreno ainda funcionariam outras duas instituições de ensino: a Escola Santa Mônica e o Instituto Superior de Filosofia, Ciências e Letras Sedes Sapientiae, este último em um prédio do projetado pelo famoso arquiteto Rino Levi. O colégio encerraria suas atividades em 1967 – dois anos antes, o palacete Uchoa seria demolido. Mesmo destino teriam as outras edificações do terreno. A área ficou degradada por anos, servindo até de estacionamento, e desde então, os moradores da região se mobilizaram para que se tornasse um parque público. Após anos de um imbróglio envolvendo construtoras e prefeitura, a área foi finalmente para as mãos do poder público em 2018.

Inaugurado no ano passado, o parque já ganhou os corações dos paulistanos. Possui playground, academia ao ar livre para a terceira idade, bosque, cachorródromo, deque e um gramado, batizado pelos frequentadores de ‘prainha’.

O Parque Augusta está separado do Trampolim por uma caminhada de meia hora. Vale a pena!

 

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Cinemas na Augusta Paulista Consolação

15 coworkings

Conheça o nosso clube de Vantagens

Conheça o cardápio do Trampolim Startup Café

Cinema e café na Paulista, um programa perfeito! Selecionamos uma série de salas bacanas, separadas do Trampolim por uma caminhada, para que você possa se programar

 

Cinema e café na Paulista? Um café antes de pegar um cineminha? Ou um hambúrguer para matar a fome depois daquela sessão? Seja antes ou depois, o Trampolim Startup Café é o parceiro de todas as horas para os apaixonados pela sétima arte. Estamos abertos todos os dias, inclusive aos domingos, servindo comidinhas e bebidas deliciosas e com preço justo. E, para melhorar, perto de salas de cinema com a melhor programação. Aqui selecionamos algumas, separadas de nosso café por uma caminhada. Anote na sua agenda e programe-se!

 

Cinemas com programação de arte

Petra Belas Artes (Rua da Consolação, 2.423)

O Trampolim Startup Café é vizinho ao Petra Belas Artes, o icônico cinema paulistano, inaugurado em 1967 (mantém as seis salas, desde então) e com programação dedicada ao cinema de arte e alternativo. Confira a programação e a compra de ingressos em www.cinebelasartes.com.br

 

Espaço Itaú de Cinema – Augusta (rua Augusta, 1475 e 1470 (Anexo)

Aqui são cerca de 7 minutos de caminhada até chegar a um dos points de cinéfilos da cidade, com uma programação alternativa, voltada para filmes de arte, nacionais e estrangeiros. Destaque para o Anexo (do outro lado da rua, número 1470, com apenas duas salas e um pequeno jardim para aguardar a sessão). Confira informações em www.itaucinemas.com.br

 

CineSesc (rua Augusta, 2075)

Uma caminhada de 12 minutos separa o Trampolim de um dos cinemas de rua mais amados da cidade, o CineSesc. Desde 1979, mantém uma programação de qualidade, voltada para filmes de arte, nacionais e estrangeiros. Mais informações sobre a sua programação no IG (@cinesesc) ou em www.sescsp.org.br/cinesesc/

 

Cinemas com programação comercial ou híbrida

Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca (Rua Frei Caneca, 569)

São 9 salas que funcionam dentro do Shopping Frei Caneca com uma programação que mescla filmes de arte e comerciais, para todas as idades. Ingressos, programação e mais informações podem ser verificados em www.itaucinemas.com.br

 

Cine Marquise (avenida Paulista, 2073)

Dentro do Conjunto Nacional está o tradicional Cine Marquise (antigo Cinearte), que tem uma legião de fãs. São apenas duas salas, recém-reformadas, com programação híbrida (filmes de arte ou blockbusters convivem ali). Na página deles no IG (@cinemarquise), dá para conferir a programação.

 

PlayArte Shopping Center 3 (Avenida Paulista, 2064)

Em plena avenida Paulista, o Shopping Center 3 abriga cinco confortáveis salas, com programação comercial. São apenas 8 minutos a pé do Trampolim para chegar lá. Mais informações no site da rede (www.playartecinemas.com.br).

 

 

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Picadinho paulista! Quem resiste? O mais democrático dos PFs – não tem boteco paulistano que não o sirva – tem DNA carioca e uma história deliciosa como ele

Picadinho paulista. Muitos anos antes de a expressão ‘raio gourmetizador’ viralizar, um prato simples, presente nos bares do boêmio bairro da Lapa, no Rio de Janeiro, ganhou sua versão gourmet e passou a frequentar o salão mais grã-fino do beira-mar carioca, o então hotel Copacabana Palace, em meados do século passado.

A história do picadinho passa por dois personagens que gravaram seus nomes para sempre na hotelaria nacional e, claro, naqueles anos dourados da cidade que era também capital federal: o barão Max von Stuckart e o chef de cozinha Paul Ruffin.

Contratado para trabalhar como diretor artístico do Golden Room (o salão de espetáculos do Copa), Stuckart ajudou a colocar o hotel no centro do mundo, atraindo astros e estrelas internacionais para seus palcos. Foi dele a ideia de repaginar o picadinho da Lapa – um prato já adotado pelos boêmios – para o cardápio da boate que funcionava no icônico hotel. A ideia era que os frequentadores, depois de uma noite longa e festiva, pudessem recobrar as energias com comida reconfortante e vigorosa. Coube a Ruffin o ‘raio gourmetizador’.

Origem do picadinho

Acredita-se que o picadinho chegou à Lapa pelas mãos de portugueses do arquipélago da Madeira, onde até hoje é um prato tradicional e bastante simples: carne bovina em cubos frita em azeite e manteiga, temperada com louro e alho. É servido acompanhado apenas de batatas fritas e costuma ser dividido por quem está à mesa, como um tira-gosto. Ruffin usou filé-mignon em cubos, temperados com sal, pimenta, louro, cebolinha, alecrim, manjericão, sálvia, segurelha e tomates e os fritou até formar um molho espesso. Para acompanhar, arroz, farofa, agrião e um ovo pochê. Batizaram o prato em homenagem à boate Meia-Noite, que funcionava no hotel. E então, o prato virou “coqueluche” (usando aqui uma gíria da época!) entre notívagos endinheirados. E se espalhou pelos bares e restaurantes do país, ganhando outros coadjuvantes, como banana frita, feijão (para fazer dobradinha com o arroz), ovo frito (e não pochê), couve fininha refogada, vinagrete, abóbora frita e uma infinidade de outros sabores, conforme o lugar e a inventividade do cozinheiro.

Picadinho em São Paulo

Em São Paulo, também aportou abraçado pelos boêmios, nos bares do centro da cidade. Com o passar dos anos, tornou-se um prato do dia a dia, incorporado aos almoços de quem busca um PF perfeito, e se espalhou por todos os cantos da cidade. Há quem defenda que o picadinho chegou às terras paulistas ainda no século 19, em uma versão na qual a carne cortada em cubinhos era cozida com batatas e servida ainda com caldo bastante aguado.

Picadinho do Café Trampolim na região da Paulista

Aqui no Trampolim, o picadinho faz muito sucesso! Vem acompanhado do trio farofa-arroz-feijão e o cliente pode incluir ainda batata frita ou salada do dia. Somos café, coworking e restaurante na Consolação, e estamos de portas abertas todos os dias esperando por você!

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Chocolate quente

Torta de churros

Conheça nosso novo cardápio executivo

A deliciosa história da criação do hambúrguer

Se fizermos uma lista com os dez tipos de comidas mais difundidos no mundo, é certo que o hambúrguer estará nela. Saboroso e de preparo rápido, com infinitas versões, tem fãs em todo o mundo. Mas como surgiu a ideia de picar carne, montar um bolinho achatado com ela, levar para a grelha e, depois, colocá-la entre duas fatias de pão macio?

A história mais difundida sobre este sanduíche é de que sua origem está diretamente ligada à chegada de imigrantes alemães aos Estados Unidos no século XIX e de um bife de carne picada, ao estilo de Hamburgo. Assim, de certa forma, popularizou-se o hamburger beef, à época servido como nos restaurantes da Alemanha, acompanhado de cebolas e batatas.

O primeiro hambúrguer criado

Ao pular do prato para o meio do pão, o hambúrguer tornou-se ainda mais popular: podia ser comido em qualquer canto, até caminhando pela rua. A história mais difundida é de que tenha nascido em um restaurante da cidade costeira de New Haven, Connecticut, chamado Louis’s Lunch, de propriedade de Louis Lassen, em 1895, quando ele teria improvisado um pedaço de bife no meio do pão para um viajante. O Louis’s Lunch segue aberto até hoje, comandado pelos descendentes de Lassen e exibindo a fama de nascedouro do hambúrguer nos registros da Biblioteca do Congresso americano.

Apesar desta versão ser bastante difundida, pesquisadores que se aprofundaram na história do sanduíche afirmam que, naqueles últimos anos do século XIX, muitos restaurantes já serviam hambúrgueres em várias cidades americanas – fato que comprovariam em propagandas de jornais locais. Com o tempo, o sanduíche ganhou espaço por todos os cantos, rivalizando com o hot dog como uma comida rápida e barata – e aqui, quando dizemos barato, é barato mesmo (muitas vezes menos de 5 centavos de dólar!).

No começo do século XX, porém, os americanos não estavam nada confiantes na qualidade da carne dos hambúrgueres. Muito por causa do livro The Jungle, de Upton Sinclair (1906), uma história que tratava da exploração da mão de obra imigrante nos Estados Unidos, a partir da trágica vida de um jovem lituano recém-chegado a Chicago para trabalhar em um frigorífico. Sinclair queria falar da situação degradante dos trabalhadores braçais, mas seu livro chocou a sociedade ao expor a péssima qualidade da carne manipulada em frigoríficos pouco higiênicos. O impacto da obra foi tão grande, que o Congresso americano (à época, Roosevelt era o presidente) aprovou uma inédita legislação de proteção alimentar. A lei, porém, não foi suficiente para tirar do hambúrguer a desconfiança dos consumidores sobre sua qualidade.

A chegada do fast food

Tudo mudaria de rumo outra vez em 1921, quando o cozinheiro Walter Anderson e o empresário Billy Ingram abriram a lanchonete White Castle, em Wichita, Kansas. Anderson é considerado nos Estados Unidos o “pai” do que hoje mais se aproxima do famoso sanduba. Ele criou um pão fofinho, no estilo ban, e formato quadrado. Sobre ele, colocou a rodela de carne prensada, assada em vapor, e cobriu de cebolas e picles. Ingram, por sua vez, apostou em um novo modelo de lanchonete, toda branca, e cozinha com bancadas em aço inoxidável. O preparo podia ser visto pelos fregueses e os donos faziam questão de receber carne fresca duas vezes ao dia. A mensagem era clara: é possível fazer hambúrgueres deliciosos em um ambiente limpo e seguro.

O sucesso do pequeno sanduíche foi tão grande, que outras lanchonetes similares replicaram em todo território americano. Sim, Anderson e Ingram são considerados os criadores do fast food. Não só por causa de seu hambúrguer-sucesso, mas por muitas outras coisas que lançaram depois, como saquinhos para armazenar e levar seus lanches para comer em qualquer lugar e até o drive-thru. A White Castle recentemente comemorou 100 anos, comandada pela quarta geração de Ingram, e continua servindo aquele hambúrguer original, com pãozinho fofo, cebolas e picles.

Versões criativas do hambúrguer

Com o tempo, novos ingredientes se uniram à ideia original de pão e carne. Queijo derretido, tomates, alface e molho ketchup foram os companheiros mais presentes durante décadas. Mais recentemente, o hambúrguer ganhou a atenção de chefs de cozinha mundo afora, em um movimento que revitalizou o prato. Também infinitas versões, muitas delas vegetarianas.

Hambúrguer no Trampolim

Aqui no Trampolim, somos apaixonados por hambúrguer! Servimos oito sabores (sempre acompanhado de batata frita), incluindo nossa versão falafel, com hambúrguer de grão de bico.

Agora que você já sabe muito sobre a história desta delícia, venha para a Consolação experimentar nossos hambúrgueres. E nossos cafés, sobremesas, pratos quentes e muito mais!

Prato executivo: uma história de amor à comida

Sucesso entre os brasileiros, o prato executivo nos restaurantes da Paulista, Consolação ou em qualquer lugar do Brasil ganhou novos tons em tempos de pandemia, principalmente por sua manipulação mais segura (sai direto da cozinha para mesa). Mas muito antes de nos preocuparmos com isso, nosso executivo, também conhecido por PF – prato feito – ou comercial, já era um queridinho nacional. O motivo, provavelmente, é que ele nos remete à memória da cozinha de casa, mais informal e amorosa, e tem, na dupla arroz e feijão, seu carro-chefe.

Origens

Não se sabe ao certo como o prato feito (tal como o conhecemos hoje) surgiu, mas ele está ligado ao crescimento das cidades e ao fato de as pessoas saírem cedo para trabalhar e voltarem apenas no fim da tarde. Ao contrário das zonas rurais, onde ou se retornava à casa para o almoço ou se levava comida para o campo, o trabalhador da cidade tinha a necessidade de se alimentar na rua.

A ideia de um lugar que servisse refeições mediante pagamento foi trazida de Portugal no início do século XIX, com a chegada da família real (1808). Eram as ‘casas de pasto’. Pasto, no caso, uma denominação do português arcaico, originária do latim pastus, referência a qualquer comida e não ao que hoje conhecemos como pasto. Esses locais alimentavam boa parte dos estrangeiros que chegavam ao Rio de Janeiro. Em geral, eram homens sozinhos, que vinham sem família para a terra distante e precisavam de um lugar para comer. Ao contrário do Brasil, onde caiu em completo desuso, o termo ‘casa de pasto’ resistiu em Portugal até os anos 1950, sempre batizando lugares que ofereciam um cardápio de culinária caseira tradicional, referência de boa comida ou que hoje chamamos de comida de conforto (comfort food).

Prato executivo na Paulista – Trampolim Startup Café

Por aqui, seguimos apaixonados por nosso PF, que uniu sabor e praticidade à refeição. É fácil encontrá-lo em qualquer restaurante de São Paulo, da região da avenida Paulista aos bairros mais periféricos. A base é similar: feijão, arroz e um tipo de carne (bovina, suína, peixe ou frango). Conforme a região do Brasil, a refeição ganha acompanhamentos, como farofa, ovo frito, salada, batata frita etc. O tipo de feijão também pode variar. O prato executivo paulistano, por exemplo, vem sempre com o carioca (o mais plantado no país), de casca fina e que forma um caldo cremoso. Já no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul quem predomina é o feijão preto.

Aqui no Trampolim, na movimentada rua da Consolação, oferecemos 12 pratos executivos com proteínas variadas. Eles vêm acompanhados de arroz, feijão e farofinha, além de salada ou batata frita. É comida de verdade, servida todos os dias da semana!

 

 

Chocolate quente, a bebida que todos amam!

Quando as temperaturas caem, nosso corpo pede algo quente e reconfortante para se manter ativo, não é mesmo? Na lista de bebidas que combinam com frio, uma das paixões paulistanas é o chocolate quente.

Servido na maioria das cafeterias da cidade, vai bem a qualquer hora do dia, com ou sem acompanhamentos. Até o fim do mês, o Trampolim de Vantagens – nosso clube de vantagens ao cliente – oferece uma xícara de chocolate quente para quem consumir um prato, no almoço, no jantar ou no lanche da tarde em nossos salões. Veja mais em www.cafetrampolim.com.br/trampolim-de-vantagens.

Até chegar ao que servimos hoje como chocolate quente em várias partes do mundo, a bebida passou por um longo processo de mudanças e adaptações desde sua descoberta.

 

Origem do nome chocolate quente

Originalmente, a palavra chocolate deriva do asteca xocolatl (água amarga). Nativo da América Latina, o cacaueiro já era bastante conhecido dos povos que habitavam o México quando os espanhóis chegaram, no século XVI. Segundo o Pequeno Dicionário de Gastronomia, de Maria Lucia Gomensoro, a bebida era considerada afrodisíaca e, por isso, o famoso rei asteca Montezuma consumiria cerca de 50 porções por dia de uma mistura que continha cacau em pó, água, farinha de milho e mel.

Mas muitos estudiosos creditam aos maias (civilização que povoou a Península de Yucatán, no México, até Honduras) a   descoberta do chocolate quente. Registros pré-colombianos apontam que eles consumiam uma bebida apimentada à base de cacau, quente ou fria.

Após a dominação espanhola, o cacau migrou para a Europa e se expandiu. O primeiro carregamento teria chegado em 1521. A partir de então, o fruto processado até virar pó passou a ser misturado a outros ingredientes, como mel, ovos e leite. No fim do século XVII, beber chocolate quente (com leite e adoçado com açúcar, muito semelhante ao servimos hoje) já estava bastante disseminado entre a elite europeia.

Por muitos anos, a bebida doce e espumante seria apreciada nos cafés e bares. Em 1820, a história ganha novos tons, quando ao químico holandês Coenraad Johannes van Houten ou seu pai, Casparus, inventam uma prensa para produzir manteiga de cacau. Nascia o chocolate em barra. Mas isso é uma nova história.

Churros, uma mania nacional Quente, perfumado e saboroso, o churro aportou em São Paulo nos anos 1960, pelas mãos de espanhóis, e se difundiu pela cidade transformando-se em um doce paulistano

Churros é uma mania nacional. Antes restrito aos carrinhos espalhados pelas esquinas da cidade, nos últimos anos migrou para os restaurantes, ganhou variações e acompanhamentos e virou um parceiro também de uma boa xícara de café.

 

Neste post vamos conhecer:

  • A origem dos churros
  • Churros pelo mundo e no Brasil
  • Nossa torta de churros do Trampolim

 

A origem dos churros

Não se sabe exatamente quando esta massinha frita em forma cilíndrica, crocante por fora, macia por dentro e coberta de açúcar e canela, surgiu na culinária mundial. Há uma teoria de que foi trazida da China por navegantes portugueses no século XVI. Eles teriam acrescentado açúcar à massa e expandido a pequena delícia pela península ibérica. Há ainda quem creia que o churro seja de origem árabe, povo que também esteve presente em Portugal e Espanha durante séculos. A versão mais difundida, porém, afirma que o churro nasceu mesmo na Espanha, entre pastores de rebanhos de uma antiga raça ibérica de ovelhas, a churra (daí o nome), que fritavam a massa em pequenas fogueiras enquanto tomavam conta dos animais que pastavam.

O certo é que o doce ficou de fato como uma criação dos espanhóis, que os servem logo pela manhã e não como sobremesa. Um dos pontos mais tradicionais é a Chocolatería San Ginés, um café em Madri que, desde 1894, oferece os tradicionais churros mergulhados em xícaras de chocolate quente.

O tradicional churros espanhol

Churros pelo mundo e no Brasil

Foi assim, em formato comprido e ranhuras laterais que lhe conferem o desenho de estrela quando mordido, que o doce foi levado para muitos cantos do mundo. No Brasil, fez sucesso sua versão recheada com doce de leite, bastante prática para ser consumida nas ruas e parques das cidades. Com o passar dos anos, os sabores de recheios se multiplicaram, assim como a paixão do brasileiro por esse doce especial.  E então o churro virou bolo, sorvete e torta – como a tradicional Torta de Churros do Trampolim Café!

Nossa torta de churros do Trampolim

 Assim como os churros, nossa torta tem todos os sabores do doce tradicional e o inconfundível perfume de canela. Uma tentação para acompanhar o café a qualquer hora do dia. Se você está na região da Paulista/Consolação, dê um pulo no Trampolim Startup Café.

Torta de churros do Café Trampolim, na Consolação, em São Paulo

Estamos te esperando!

Confira nosso cardápio

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Receita de bolo de café

Sobre o Trampolim

O Trampolim Startup Café é um espaço democrático voltado à gastronomia, sim, mas também aos eventos literários e sociais. Sua mão-de-obra é formada por pessoas em situação de vulnerabilidade social e jovens aprendizes. Também funciona como coworking, no apoio a pequenos empreendedores em busca de seu salto profissional. Durante os meses de abril e maio de 2021, nosso restaurante atende para almoço e jantar no sistema de delivery pelo IFood e Rappi. Para pessoas que moram ou trabalham a 800m do nosso espaço, entregamos com equipe própria, mas os pedidos precisam ser feitos pelo nosso Instagram ou WhatsApp. Acesso aos canais se encontra em nosso site: cafetrampolim.com.br

O que significa as letras da sigla LGBTQIA+

Junho é o mês do Orgulho LGBT+, quando as atenções se voltam para as reivindicações do movimento: mais direitos e representatividade na sociedade. A cada temporada, a sigla se expande, agregando sob seu leque identidades de gênero (a forma como a pessoa se entende como um indivíduo social) e orientações sexuais. Mas você sabe o que cada uma dessas letras representa? Preparamos um glossário explicando. Boa leitura a todes!

O que significa cada uma das letras da sigla LGBTQIA+

Letras da sigla LGBTQIA+

 

L – Lésbicas

O termo refere-se a pessoa que se identifica como do sexo feminino e que se relaciona afetiva e/ou sexualmente com pessoas do sexo feminino.

G – Gays

Aqui, o termo refere-se a pessoa que se identifica como do sexo masculino  e que se relaciona afetiva e/ou sexualmente com pessoas do sexo masculino.

B – Bissexual

O termo agrupa as pessoas que se relacionam afetiva e/ou sexualmente com pessoas dos gêneros masculino, feminino ou demais gêneros.

T – Transgênero

Trans são as pessoas cuja identidade ou expressão de gênero (comportamento e aparência que uma pessoa usa para expressar seu gênero) é oposta ao sexo que lhe foi atribuído no nascimento. O termo transgênero abrange muitas identidades de gênero diferentes, e as pessoas trans podem ter diferentes orientações sexuais.

 

Q – Queer

Se refere a qualquer pessoa que não seja hetero e não-cisgênero –  lembrando que cisgêneros são as pessoas cuja identidade e expressão de gênero corresponde ao sexo atribuído no nascimento. O termo Queer (esquisito, em inglês) foi considerado pejorativo durante muito tempo. Mas, recentemente, passou a ser adotado pela comunidade LGBT+. Também é usado como um termo de rejeição aos rótulos de gênero e orientação sexual.

I – Intersexo

Pessoas que possuem características biológicas (cromossomos, genitália, hormônios etc.) que não correspondem ao que é identificado como masculino ou feminino. Pessoas intersexo podem ter diferentes orientações sexuais e identidades de gênero.

A – Assexuado

Termo que se refere a pessoas que não tem interesse ou atração sexual por outra pessoa. Aqui também independe da orientação sexual e da identidade de gênero do indivíduo.

+ – Sinal de mais

O sinal de mais é utilizado para incluir outros grupos e variáveis de orientações e identidades de gênero, como os pansexuais (indivíduos que têm atração sexual por pessoa de qualquer sexo ou identidade de gênero).

Junho é mês do Orgulho LGBTQIA+ no Trampolim

Nós, do Trampolim Startup Café, também apoiamos esta causa! Contra a homofobia e a favor da diversidade!

Sobre o Trampolim

O Trampolim Startup Café é um espaço democrático voltado à gastronomia, sim, mas também aos eventos literários e sociais. Sua mão-de-obra é formada por pessoas em situação de vulnerabilidade social e jovens aprendizes. Também funciona como coworking, no apoio a pequenos empreendedores em busca de seu salto profissional. Durante os meses de abril e maio de 2021, nosso restaurante atende para almoço e jantar no sistema de delivery pelo IFood e Rappi. Para pessoas que moram ou trabalham a 800m do nosso espaço, entregamos com equipe própria, mas os pedidos precisam ser feitos pelo nosso Instagram ou WhatsApp. Acesso aos canais se encontra em nosso site: cafetrampolim.com.br

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